As manifestações que ocorrem no país têm levado congregações religiosas a se reinventarem para garantir a continuidade das orações e cultos. De acordo com o Jornal Notícias, o maior e mais antigo do país, muitas igrejas enfrentam desafios para realizar todas as actividades programadas devido às restrições impostas pela situação actual.
A pastora Felicidade Chirinda, da Igreja Presbiteriana de Moçambique, destacou, em entrevista ao Notícias, que os protestos têm tido um impacto negativo significativo, tornando inviável a realização de todos os cultos presenciais. Para contornar o problema, a congregação adoptou a realização de cultos remotos. No entanto, nem todos os fiéis têm acesso a telemóveis ou à internet, o que limita a participação.
"Tivemos que ajustar os horários dos cultos, e algumas actividades, como formações, ainda são possíveis de realizar. O mais importante é que, apesar das dificuldades, continuamos a rezar e a confiar em Deus, que nunca nos abandona", afirmou a pastora.
Carlos Guambe, pastor da Igreja Divina Esperança, revelou que, embora os cultos ainda aconteçam, é difícil para os fiéis deslocarem-se até os locais de culto devido às manifestações. "Pedimos às partes envolvidas que busquem um entendimento, porque os protestos estão a paralisar tudo. A igreja representa paz e não faz sentido que suas portas fiquem fechadas", apelou.
Já o padre António Soler, da Sé Catedral, explicou que, embora os horários dos cultos não tenham sido alterados, o número de fiéis caiu drasticamente. "Continuamos a rezar pela paz em Moçambique e para que as manifestações cessem. É fundamental que as partes dialoguem, pois a actual situação não beneficia ninguém", concluiu.
As igrejas seguem firmes em sua missão espiritual, mas clamam por uma resolução pacífica que permita o retorno à normalidade.
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